A criatividade na resolução de conflitos

A criatividade na resolução de conflitos

“A oposição dos contrários é condição da transformação das coisas e, ao mesmo princípio e lei”

Heráclitos de Ëfeso

 O conflito pode ser comparado com a evolução da espécie: aqueles que sobrevivem são os que vão se adaptando ou transformando-se.

Empresa é um lugar privilegiado de conflitos pessoais, profissionais, de interesses, de ideologias, assim como atender clientes e negociar.

As  crises  existenciais  percorrem  a nossa vida desde  o  nascimento, na infância,  na adolescência, na juventude, na fase adulta, nos relacionamentos interpessoais, na escolha da profissão, na aposentadoria, etc.

Podemos perceber o conflito como risco ou oportunidade o que exige de nós uma atitude pró-ativa, levando por terra o ditado popular ” depois da tempestade vem a bonança”.

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A falta de imaginação atua como responsável e geradora de conflitos: as partes se recusam a imaginar o que os outros podem fazer, pensar ou sentir.

As pessoas agem como se desconhecessem as diferenças.

Somente escutar as pessoas não garante a sua resolução . Entender e trabalhar questões da diversidade passa a ser fundamental para uma administração moderna. Quando falamos de diversidades, não estamos  nos referindo a  raça, sexo ou religião, ou diferenças no mesmo nível hierárquico, mas estamos nos referindo à formas de pensamento e ideologias em todos os níveis hierárquicos, tanto horizontal como vertical.

O silêncio poderá ser uma grande fonte de indicativo de conflitos, sua resolução poderá  dar-se através da negociação.

Negociar é alcançar objetivos através de um acordo em situações que ocorrem pensamentos divergentes e convergentes. Faz parte da nossa vida desde os povos primitivos. Viver é negociar.

Exercícios de pensamento lateral e técnica de solução criativa  de problemas poderão facilitar no ato de resolução do conflito.

A criatividade no processo de resolução de conflitos favorece a flexibilidade, oferece melhor aproveitamento da  diversidade e da conciliação de situações opostas, encarando e conduzindo a negociação a favor de ambas as partes.

Ela favorece enxergar o que todos enxergam, mas visualizando coisas diferentes, transformando riscos em oportunidades, identificando algo a mais do que o cotidiano, favorecendo contornar objeções, agindo próativamente.

A pessoa pró-ativa e criativa possui uma postura sempre firme em relação aos diversos problemas que enfrenta, não só no mundo corporativo como também diante da vida. E ela não quer fazer parte do problema, mas sim da solução.

Considerando a economia globalizada em que vivemos cada vez mais temos de pensar criativamente e agir estrategicamente.

Como tirar proveito:

  • Transformação negativos em positivos
  • Tomada de decisão
  • Crises e oportunidades
  • Diversidade como geração de idéias
  • Solução, evolução
  • Fator de liderança
  • Fator de negociação.

Como identificar:

  • Descomprometimento
  • Erros e quebras excessivas
  • Atrasos
  • Discórdias, guerras
  • Individualismo
  • Problemas sem solução
  • Valorização e desvalorização
  • Procrastinação
  • Fantasma do passado
  • Carga mental
  • Solidão
  • Silêncio

O QUE FAZER?

Já que todos os problemas são solucionáveis é importante que sejam bem definidos. Procure idéias e resolva criativamente.

Temos que ter cuidado na resolução dos conflitos para não gerar outros. O que percebemos é que por alguma razão, parece que a natureza humana exige que as pessoas ajam rapidamente, quando enfrentam um problema.

Quando surge uma dificuldade, elas buscam a resolução sem clarificar ou analisar o problema. Como conseqüência elas não resolvem os problemas ou os resolvem equivocadamente, causando, assim, outros conflitos, provocando o sentimento de frustração.

“Os conflitos sociais são motor de progresso e a mola propulsora do dinamismo.
A imaginação e a inovação nascem da tensão e do conforto e não de uma unanimidade artificial”.  Alaim Duhamel


Artigo publicado na revista Vencer – Janeiro/2002

Maria Inês Felippe: Palestrante, Psicóloga, Especialista em Adm. de Recursos Humanos e Mestre em Desenvolvimento do Potencial Criativo pela Universidade de Educação de Santiago de Compostela – Espanha. Palestrante e consultora em Recursos Humanos, Desenvolvimento Gerencial e de equipes, Avaliação de Potencial e competências. Treinamentos de Criatividade e Inovação nos Negócios. Palestrante em Congressos Nacionais e Internacionais de Criatividade e Inovação e Comportamento Humano nas empresas. Vice Presidente de Criatividade e Inovação da APARH.

Fonte: Maria Inês Felippe

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